terça-feira, 20 de outubro de 2015

Perícia por Fisioterapeuta

Justiça decide que perícia feita por fisioterapeuta é válida


Uma decisão da segunda Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba considerou como legal um laudo de um fisioterapeuta que identificou uma doença osteomuscular em um empregado, apontado o trabalho como causa ou agravamento do mal. Os desembargadores rejeitaram pedido da empresa Elevadores Atlas Schindler S/A, que pedia a nulidade do processo. A alegação era de que a perícia realizada não poderia ter sido feita por um profissional fisioterapeuta, mas apenas por um médico. 

A empresa argumentou que “o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional não estão habilitados a fazer diagnóstico e indicar o tratamento, mas apenas a executar os métodos e técnicas indicadas pelos médicos”. Para a Justiça do Trabalho, a designação de um fisioterapeuta, no caso concreto, foi correta, pois se deu apenas para uma análise criteriosa do risco biomecânico presente na atividade do empregado, “esclarecendo eventual influência no desencadeamento ou agravamento dos males que o acomete”. No processo já constava, em informação anterior, diagnóstico firmado por um médico.

Danos morais O juiz convocado, Eduardo Sérgio de Almeida, relator do processo ressaltou que os registros sobre a regulamentação do exercício da profissão pelo Coffito – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, mediante Resolução 259, publicada no DOU de 12.02.2004, “o profissional da fisioterapia pode e deve ser auxiliar do Juízo sempre que se fizer necessário, com ampla previsão na legislação processual, como se vê do artigo 420 e seguintes do CPC”. 

No mérito, o Tribunal negou provimento ao recurso da empresa e manteve a sentença de Primeira Instância condenada ao pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00, constatado pela perita fisioterapeuta que o empregado atualmente se encontra com redução de sua capacidade de trabalho, circunstância decorrente do agravamento da doença. (Processo nº 00089-94.2008.5.13.0004).


Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial. 
Permitida a reprodução mediante citação da fonte 
Assessoria de Comunicação Social 
Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba 
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ANÁLISE CINESIOLÓGICO FUNCIONAL

Análise Cinesiológico Funcional


Resolução crefito-3 nº22, de 18 de agosto de 2006. 

Resolução crefito-8 nº41, de 18 de junho de 2009. 

 

O fisioterapeuta possui em sua grade curricular a biomecânica e a ergonomia, e a relação do nexo causal tange o estudo destas duas ciências; o fisioterapeuta pode atuar como serventuário da justiça em situações que exijam o conhecimento técnico científico sobre a funcionalidade humana. Desta forma compreende-se a importância deste profissional na atuação junto à justiça do trabalho em casos de perícia judicial através da análise cinesiológica funcional do periciado.


 

A metodologia empregada inclui:

Avaliação da documentação apresentada nos autos;

Estudo dos relatórios e atestados médicos;

Estudo do PCMSO, CAT, PPRA, ASO, PPP e laudo ergonômico;

Avaliação cinesiológica funcional do periciado;

Testes ortopédicos especiais para cada segmento reclamado;

Biofotogrametria computadorizada e

Eletromiografia de superfície.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

STRETCHING GLOBAL ATIVO (SGA)

Stretching Global Ativo  – foi criado por Phillipe E. Souchard  como um desdobramento da RPG. Esse método possibilita a execução das mesmas posturas e respirações da RPG, só que em grupo, possibilitando ao paciente uma maior consciência corporal e preparando-o para autonomia.

Uma alternativa eficaz aos alongamentos clássicos.
O Stretching Global Ativo - SGA nasceu como dissemos,da Reeducação Postural Global – RPG, método criado por Philippe Souchard, que consiste em um trabalho corporal terapêutico das deformidades corporais e as patologias músculo esqueléticas, baseado principalmente no alongamento das cadeias musculares mais retraídas. 

Foi destinado de início aos desportistas, hoje além da sua utilização no campo do esporte, vem sendo cada vez mais aplicado no campo da prevenção das lesões relacionadas às atividades repetitivas imposta no dia a dia do mundo do trabalho.



  O SGA é realizado através de auto postura das cadeias musculares criada por Philippe Souchard. As posturas são escolhidas com base em uma avaliação específica, de acordo com a necessidade das atividades de um grupo de esportistas ou pessoas. Assim atenuam-se os efeitos de sobrecarga das estruturas musculoesqueléticas decorrentes dos movimentos repetitivos de cada atividade, preparando o corpo para realizar qualquer tipo ou intensidade de exercício físico sem risco de ter contraturas, estiramento e rupturas musculares, podendo ser atendidos em pequenos grupos ou individualmente.



  O SGA é aplicado no campo preventivo e de manutenção. É uma ferramenta eficaz para manter os ganhos obtidos no tratamento de RPG e para quem pretende corrigir a postura, ganhar elasticidade, melhorar o rendimento desportivo, prevenir lesões, dores, melhorar a condição corporal em geral e para profissionais cuja ferramenta principal é o corpo: dança, teatro, desporto, etc.

Os cinco princípios deste método - SGA o diferenciam dos alongamentos clássico-analíticos:

1. Os músculos se organizam em forma de cadeias musculares.
2. Cada músculo tem várias fisiologias.
3. Os alongamentos são sempre ativos e globais.
4. O estiramento muscular segue os mesmos princípios da física dos materiais visco-elásticos.
5. A respiração é o motor do alongamento.


O SGA - Tem suas bases nos princípios da RPG como disse antes - é um alongamento progressivo e não forçado, aplicado de forma global e específica para cada pessoa. É global porque vários músculos são solicitados simultaneamente (inclusive os da respiração), sem que haja compensações em outras partes do nosso corpo, ou seja, preservando o eixo e o espaço das articulações, as curvaturas da coluna e os seus discos intervertebrais.


O SGA utiliza posturas de alongamento e a musculação em alongamento contra-resistência, com a duração de até 10 minutos cada postura. As sessões de 50 minutos podem ser individuais ou em grupo, com uma frequência de no mínimo 2 vezes por semana.


O Stretching Global Ativo (SGA) é a RPG aplicada aos esportes com técnicas de alongamentos musculares através de posturas que exigem contrações excêntricas e concêntricas, simultaneamente, para aumentar a flexibilidade e tonicidade da cadeia muscular, diz a fisioterapeuta.O método foi criado para que o esportista tenha acesso a cuidados, a alongamentos de qualidade, a sessões bem estruturadas, em que o alongamento é bem adaptado ao seu caso e às suas necessidades específicas, permitindo uma evolução contínua de uma sessão para outra.



O SGA é a única técnica que inclui alongamentos globais provenientes da reeducação, hoje em plena expansão. 
O Stretching Global Activo (SGA) nasce da necessidade de Philippe Souchard reestruturar as bases da técnica de Reeducação Postural Global (RPG), só praticáveis no campo individual, por forma a torna-la acessível a um Grupo mas respeitando ao mesmo tempo os grandes princípios, a lógica e a eficácia da RPG.


O SGA permite restabelecer a força, o comprimento e a flexibilidade aos grupos musculares enrijecidos pela prática desportiva. A globalidade dos estiramentos, o trabalho respiratório, a contração contra resistência dos músculos estirados e o stretching dos músculos espinhais, contribuem para a originalidade do SGA e conferem-lhe uma eficácia incomparável.

Dr. Adriano de Calais Costa
         Fisioterapeuta

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Fisioterapia do Trabalho - Ergonomia e Assistência Pericial-Judicial



1 - Assistente Técnico da Reclamante em Ações Trabalhistas: Este profissional atua quando um funcionário tem sua capacidade funcional temporariamente ou permanentemente diminuída em função das peculiaridades do ambiente de trabalho/atividade ao qual era exposto e se sente lesado pela empresa em que trabalhava, procurando um advogado para abrir um processo contra a mesma, sendo necessário gerar provas comprobatórias de que o cliente realmente se lesionou devido ao seu trabalho. Neste caso, o Fisioterapeuta Perito realizará uma anamnese com este cliente e utilizará de testes específicos, além de outros recursos técnicos e metodológicos, como Propedêutica Forense, Biomecânica Ocupacional, Análise Cinético Funcional, Biofotogrametria Ocupacional, Termografia Funcional, etc, para elaborar um Laudo Cinesiológico Funcional, que será anexado ao processo e encaminhado ao juiz, que julgará o caso;

 2 - Assistente Técnico da Reclamada em Ações Trabalhistas: Neste caso, a empresa processada precisará de um advogado para defendê-la, que providenciará provas que minimizem ou anulem a responsabilidade da mesma. Esta é a segunda forma de trabalho do Fisioterapeuta Perito. Uma análise na empresa para levantar provas de que esta se preocupava com o trabalhador ao providenciar um mobiliário ergonomicamente adaptado, recomendar a prática de cinesioterapia laboral, possibilitar as pausas durante o expediente, redução do stress, oportunidades de lazer e descontração, balanceamento da produção, etc. Assim, o Fisioterapeuta faz uma avaliação macroergonômica da empresa, microergonômica dos postos de trabalho, comportamental da tarefa, sistematização das condições de produção, da organização do trabalho e do conforto ambiental, podendo acompanhar os exames funcionais do reclamante, elaborando laudo que será adicionado ao processo de defesa e encaminhado ao Juiz do caso;

3 – Perito Judicial do Trabalho: Ao analisar os processos de acusação e defesa, o Juiz poderá nomear um Fisioterapeuta como Perito Judicial para o caso em questão, se houver alguma dúvida sobre a veracidade das partes. O Fisioterapeuta Perito Judicial do Trabalho, de forma imparcial, executará técnicas específicas de avaliação tanto na empresa quanto no cliente, para elucidar ao máximo a decisão do Juiz, auxiliando-o para que o veredicto seja fidedigno.
 
Dr. Adriano de Calais Costa
      Crefito 3/ 196991-F

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Doenças do Trabalho - Estresse

Estresse ou stresse pode ser definido como a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e o desgaste físico e mental causado por esse processo.

 O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares.
Depois de toda tensão deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e excitação necessário para a manutenção da saúde. Assim se o organismo continuar sendo exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial, o que, a longo prazo, pode gerar problemas de saúde (exemplo: problemas circulatórios).


Esse processo atravessa três fases:
·       Reação de alarme: a glândula hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico que age sobre as glândulas supra-renais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticóides, como o cortisol. Este por sua vez inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de aminoácidos no sangue, que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentando assim o nível de açúcar no sangue - a excessiva produção de açúcar poder levar a um choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do sistema imunológico.
·       Estágio de resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de corticóides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.
·       Estágio de esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas supra-renais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.

Por isso é importante ressaltar a necessidade do "Equilíbrio Emocional" no nosso dia a dia, é um fator "X" para que possamos nos desvincular de futuros problemas que o corpo poderá gerar através de nossos estresses.

Equilíbrio emocional
 É o preparo psicológico para superar adequadamente as adversidades que surgirão na empresa e fora dela. Vamos chamar o conjunto de problemas que todos nós possuímos de saco de problemas. As empresas querem que deixemos o nosso saco de problemas em casa. Por outro lado, os nossos familiares querem que deixemos nosso saco de problemas no trabalho. Diante disso, a pergunta que surge é: onde colocar nosso saco de problemas? Realmente é uma boa pergunta.
 E é justamente por isso que para tornar-se um profissional de sucesso é necessário que tenhamos equilíbrio emocional, pois não importa quais problemas tenhamos de caráter pessoal, nossos colegas de trabalho, subordinados, diretores e gerentes, enfim, as pessoas como um todo não tem culpa deles e não podemos descarregar esses problemas neles. Quando falamos em equilíbrio, emocional, é importante avaliar também as situações adversas pelas quais todos os profissionais passam. É justamente aí que surge o momento da verdade que o profissional mostrará se tem o equilíbrio emocional.
Dr. Adriano de Calais Costa



quinta-feira, 30 de abril de 2015

CORE - ESTABILIDADE CORPORAL



São exercícios isométricos e isotônicos importantes que ajudam a estabilizar a região do quadril, mais especificamente o abdômen e a coluna lombar através de um conjunto de músculos trabalhados corretamente concentrados.





O exercício “CORE” significa o centro, que se estiver enfraquecido, os membros superiores e inferiores sofrerão também. Este centro produz força, gera grande estabilidade e mantém o alinhamento do corpo durante o movimento, sendo a base fundamental para se fazer outros exercícios.



 


O “CORE” deve ser treinado constantemente, porque os músculos do tronco estabilizam a coluna vertebral, desde a pelve até o pescoço e ombros, permitindo transferir movimentos potentes de braços e pernas gerado durante os exercícios por originar no centro do corpo e não apenas isolados pelos membros durante as atividades, o que protege a coluna contra forças anormais absorvendo impactos.





Benefícios do CORE
·       Melhora postural;
·       Diminuição da incidência de lesões;
·       Melhor desempenho atlético;
·       Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral;
·       Aumento da eficiência durante os movimentos;
·       Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;
·       Melhora da força;
·       Melhora na coordenação motora;

·       Qualidade da propriocepção motora.


Dr. Adriano de Calais Costa

sexta-feira, 17 de abril de 2015

ESPORÃO DE CALCÂNEO

O osso calcâneo é a maior estrutura óssea do pé da fileira proximal dos tarsos, sofrendo grande sobrecarga de impacto intenso e constante. Não há quem nunca se queixou de dores nessa região, portanto é um local típico pela procura ortopédica. Os microtraumatismos no osso calcâneo podem levar a lesões que debilitam as deambulações como a formação dos esporões, esses mesmos que normalmente desencadeiam o surgimento das chamadas fascites plantar,ou seja, inflamação da fascia plantar (tecido que recobre a musculatura da sola do pé), que por sua vez também provocam o surgimento de esporão calcâneo.


A planta do pé é composta por estruturas elásticas (músculo) e rígidas (fáscia) que aumentam, na prática, a eficiência do impulso e potencializam a força dos músculos flexores curtos dos dedos. O esporão de calcâneo é caracterizado por uma protuberância óssea na base do osso calcâneo (na sola do pé) ou ainda na região posterior do calcâneo, bem próximo à inserção do tendão de Aquiles. Essa inflamação crônica da parte inferior do calcanhar afeta, não apenas, o osso calcâneo, mas também os tendões. E, caso a inflamação se estenda por um tempo prolongado, pode acabar levando à calcificação dos tecidos ao redor do osso do calcanhar, esse fenômeno é o que leva à formação dos esporões.


Situações variáveis que causem um estresse crônico à região do calcanhar podem provocar o surgimento de um esporão. Pessoas com a curvatura dos pés acentuada, que sofrem com o sobrepeso ou que trabalham em pé durante muito tempo têm forte tendência a apresentar o problema.

Outros fatores de risco para o surgimento do esporão de calcâneo são:
– Usar, excessivamente, salto alto ou calçados que sejam pouco apropriados para os pés. É o caso de sapatos muito apertados ou velhos;
– Praticar esportes com forte impacto nos pés. Dança e corrida, por exemplo;
– Alterar a marcha, como pisar com o pé torto.


Dificilmente o esporão causa um sinal aparente, como vermelhidão ou inflamação. O que caracteriza, de fato, o problema é a dor. Geralmente, a dor é pulsante na zona plantar do calcanhar. Mas atenção: nem toda dor nessa região é esporão e há casos em que o esporão de calcâneo não manifesta dor.

Tratamento para o esporão de calcâneo
Inicialmente, a inflamação pode ser controlada com repouso e gelo local. Mas nos casos em que há resistência, a melhor forma de tratamento é a fisioterapia que oferece exercícios e alongamentos bem específicos para os pés e as panturrilhas. A grande maioria dos pacientes responde muito bem ao tratamento com fisioterapia.

Como prevenir o esporão de calcâneo
– Controlar o excesso de peso do próprio corpo para reduzir o estresse provocado sobre os pés;
– Usar calçados adequados nas práticas esportivas e no dia-a-dia;
– Evitar permanecer de pé por longos períodos;
– Fortalecer, regularmente, a musculatura da planta do pé

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Dr. Adriano de Calais Costa